Hola muchachos e chicas! Hoje eu Renato Juvino venho falar de uma cidade que marcou muito a minha infância. Antes de mais nada, quero esclarecer que foi assim. Minha tia mudava muuuuito de cidade, e como nós nem gostávamos de viajar, aproveitávamos essas mudanças dela pra turistar. A primeira cidade de interior que ela foi morar foi Presidente Vargas.
Presidente Vargas é um município brasileiro do estado do Maranhão, sendo um dos oito municípios que integram a Microrregião de Itapecuru Mirim. Fica a 165 km da capital (sério? parecia bem mais!) a um tempo de 2h 34min de carro (também parecia mais). Não lembro de muitas coisas culturais da cidade. Lembro de uma ou duas eleições que eu me divertia bastante. Também não é uma cidade turística (não ela em si), mas os banhos e povoados de sua região podem compensar o passeio. De Presidente Vargas me lembro de meus primeiros contatos com a realidade das cidades de interior, já que foi a primeira cidade que que eu passava realmente dias lá. Realidade tanta que lembro que na praça tinha uma televisão e todas as noites a galera se reunia e ia assistir lá. Depois de certo horário, ela era trancada em uma caixa. Lembro também que pra fazermos ligações (de lá ou pra lá) tínhamos que usar o posto telefônico da Telma, onde entrávamos em uma cabine e era contado do tempo da ligação. Meu Deus, eu sou mais antigo do que pareço 
A ida da minha tia pra lá se deu primeiramente porque ela e seu marido foram trabalhar em uma fazenda de uma família muito legal e acolhedora e com a qual mantemos laços de amizade até hoje. A fazenda fica depois da cidade de Itapecuru Mirim.
Quando ela mudou para a cidade mesmo, sua casa ficava na avenida principal, perto da praça. Tinha um quintal ENORME, até com uns morros lá pra trás, e uns pés de café. Lembro-me que no fim da tarde havia um canto ensurdecedor de muitas cigarras. O melhor é quando se reunia toda a família debaixo das árvores em suas redes para conversar. Ao lado tinha uma vizinha, e que fizemos bastante amizade com as filhas dela. Era brincadeira que não acabava mais. Lembro dos ‘chibé’ que meu primo fazia escondido e que a gente se matava de comer, pois os adultos não deixavam.
Quase sempre íamos num rio que ficava embaixo de uma ponte na estrada antes de chegar na cidade. Se não me engano o rio é chamado rio Mocambo.
Presidente Vargas não tinha um templo da Igreja Adventista no tempo em que minha tia chegou lá. Os irmãos se reuniam nas casas mesmo. Aqui quero comentar uma missão que minha família tem e que falo com muito orgulho. A cidade em que chegamos e que não havia um templo Adventista, nós, com a ajuda claro de TODOS os irmãos da cidade, sempre dávamos o início para a construção da igreja. Presidente Vargas foi a primeira em que fizemos isso, coisa que se repetiria em mais duas cidades em que minha tia iria morar.
Já tratando do assunto de igreja, no mês de agosto as igrejas da região costumam, ou costumavam, realizar campais super, ultra, mega legais. E tipo, eles era dentro do mato mesmo. Neste em que fui, o local ficava no lugarejo chamado Gaiola Grande (existia ainda o Gaiola e o Gaiolinha). Um pequeno detalhe. No tempo eu estava com pneumonia. Acho que me curei tomando banho de rio todo dia beeem cedinho, antes que o sol nascesse. O campal foi muito legal. Muitos hinos, dinâmicas, palestras e diversão. Esse rio foi pequeno pra mim.
Existe ainda um outro rio que é o melhor e maior da região (depois do rio Itapecuru). O nome dele é Salgador. Ele também é bem bacana e não fica tão longe da cidade, mas deste infelizmente não encontrei fotos.
Viram como Presidente Vargas é um interior simples mas que no fim das contas oferece um mínimo de diversão? E além do mais, nós também fazíamos a nossa própria diversão! Tempos bons.
Mas atenção, próximo post irei falar do que acho que foi o melhor tempo da minha vida. Já ouviram falar em um lugar chamado Rancho Papoco? E esse é o melhor dos nomes!
Texto por Renato Juvino.
