A Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) prendeu o madeireiro Francisco Heydyne do Nascimento, conhecido como “Cearense”, e sua namorada Fernanda Costa, acusados de envolvimento na morte do agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, no município de Zé Doca. A prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (10) em um hotel na Avenida Litorânea, em São Luís.
O casal foi preso após mandados de prisão expedidos pelo juiz Marcelo Moraes Rego de Sousa, da 1 Vara de Zé Doca, como consequência das investigações da Delegacia Geral de Polícia Civil, ainda sob o comando do delegado Jair Paiva, por meio da SHPP e do Serviço de Inteligência da PC.
“Cearense” deveria ser apresentado ontem por sua advogada para prestar depoimento a respeito das acusações que pesam contra ele. No entanto, a prisão do casal foi decretada e os dois acabaram sendo presos hoje.
Fernanda Costa era uma pessoa da íntima confiança de Pacovan e movimentava altas quantias financeiras em suas contas bancárias, conforme orientações que eram repassadas pelo empresário.
Fernanda tinha uma ‘estreita relação’ com o empresário, para quem trabalhava há cerca de 12 anos. Ela fazia transferências de altas quantias, saques volumosos entre outras transações financeiras.
Fernanda também realizava pagamentos e entregava dinheiro em espécie a quem Pacovan autorizava. Ela conhecia intimamente Pacovan, sabia quem eram seus desafetos, quem devia dinheiro, tinha conhecimento de quem eram os políticos de mandatos e sem mandatos que possuíam negócios com o seu patrão, e ainda, sabia em ordem alfabética nome dos pequenos e grandes empresários arrolados em negociações com Josival. Pacovan confiava profundamente em Fernanda Costa, que também era a gerente do Posto Joyce.
Há cerca de seis meses a relação de Pacovan com Fernanda Costa mudou, pois ele começou a desconfiar de um rombo financeiro no dinheiro que estava nas contas bancárias de Fernanda, que passou a mostrar lotar patrimônio.
A desconfiança do empresário aumentou após sua ‘gerente’ e o namorado dela – um caminhoneiro que ela conheceu exatamente no Posto Joyce, de nome Francisco Heydyne do Nascimento, conhecido como “Cearense” – aumentarem seus negócios e empreendimentos na cidade.
Com isso, Pacovan decidiu fazer uma espécie de prestação de contas, algo como se fosse uma ‘auditoria interna’ no dinheiro que estava sob controle de Fernanda Costa. Foi então, que empresário descobriu um ‘rombo’ grande, que provocou o rompimento entre eles. Contudo, ela se comprometeu a pagar todo o dinheiro que estava faltando.
O débito teria sido parcelado em dez cheques, com uma entrada que Pacovan teria ficado de pegar com Fernanda, justamente no dia que estava se deslocando de São Luís para Zé Doca e acabou assassinado. Fernanda Costa já prestou dois depoimento aos delegados da Polícia Civil que investigam o crime.
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