O Ministério Público do Maranhão (MP-MA), através da 35ª Promotoria de Justiça Criminal do Termo Judiciário de São Luís, denunciou a influenciadora Skarlete Melo, conhecida por divulgar jogos de azar, entre eles, o Fortune Tiger, o “Jogo do Tigrinho”, por supostamente impedir investigações de infrações penais que envolvem organizações criminosas. Além da influenciadora, mais oito pessoas também foram denunciados formalmente pelo MP.
Segundo a denúncia do órgão ministerial, os acusados são implicados em uma série de atividades ilícitas, incluindo o acesso e a disseminação de informações judiciais sob sigilo, além de tentativas de obstruir a eficácia das investigações policiais. A influenciadora Skarlete Melo é o alvo principal da denúncia.
Dentre os crimes apontados pelo Ministério Público estão o acesso ilegal à informações confidenciais e tentativa de prejudicar investigações relativas ao Inquérito Policial relacionada ao jogo do tigre, que segue sob sigilo no Departamento de Combate ao Crime Organizado. A ação de Skarlete e dos outros denunciados teria levado ao vazamento de informações sigilosas e à tentativa de obstrução de justiça, facilitando a fuga de investigados e a adulteração de provas materiais.
De acordo com a denúncia, a influenciadora receptou as informações judiciais sigilosas que foram acessadas e disseminadas ilegalmente, bem como conduziu ações que tinham o intuito de prejudicar as investigações policiais.
Além da influenciadora, também são citados na denúncia do Ministério Público:
Pablo Fabian Almeida Abreu, advogado, acusado de liderar o acesso ilegal às informações sigilosas do sistema judiciário.
Ryan Machado Borges, também advogado, que teria recebido e disseminado as informações obtidas ilegalmente.
Iracilda Syntia Ferreira Pereira, advogada, implicada na disseminação das informações e na tentativa de extorsão relacionada às mesmas.
Lelio Eike Rebouças Pereira, associado às tentativas de prejudicar a eficácia das investigações policiais.
Karine Oliveira da Costa, mãe de uma das acusadas, envolvida na obtenção e disseminação das informações sigilosas.
Ingrid Rayane Ferreira Souza, advogada, acusada de gerenciar recursos financeiros com o objetivo de obstruir as investigações.
Jordana de Sousa Torres, advogada, vinculada às ações de obstrução da justiça.
Aldenor Cunha Rebouças Júnior, advogado, implicado no acesso e na propagação das informações obtidas de forma ilícita.
As investigações envolvendo a influenciadora digital Skarlete Mello tiveram início em setembro de 2023, quando a Polícia Civil do Maranhão realizou uma operação contra a divulgação de jogos de azar, além de crimes relacionados, como organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação, intitulada de “Quebrando a Banca”, foi liderada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO).
Do G1,MA
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