Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado Hildo Rocha fez uma retrospectiva acerca das dificuldades enfrentadas durante a construção das unidades habitacionais do Residencial Milton Amorim, empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Itapecuru-Mirim, composto por 1.440 casas.
De acordo com o parlamentar, o Residencial Milton Amorim foi mal planejado, as casas foram construídas em um terreno longe do centro. “Em Itapecuru existem terrenos mais bem localizados onde poderiam ter construído as habitações. Por falta de planejamento os moradores estão sofrendo as consequências”, afirmou o parlamentar.
Rocha destacou que o empreendimento, iniciado na segunda década deste século, entre os anos de 2012 e 2013, teve inúmeras paralisações, por vários problemas.
Em 2020, o Dr. Alfredo, então Secretário Nacional de Habitação, veio me procurar, para que, na condição de Presidente da Frente Parlamentar em Apoio à Habitação Popular, eu ajudasse a destravar o empreendimento. Nós conseguimos destravá-lo. Alocamos recursos do Orçamento da União, através do FAR — Fundo de Arrendamento Residencial, para a conclusão do conjunto habitacional”, explicou.
Hildo Rocha ressaltou que em 2021, as casas já estavam prontas, mas não havia acesso, e a operadora, o Banco do Brasil, não queria autorizar a entrega das casas.
“Então, foi feito um acordo, naquela época, de se construir uma avenida. Uma parte dessa avenida seria construída com recursos do MDR transferido para a CODEVASF; outra parte, com recursos de emendas do Deputado Hildo Rocha. Eu destinei 600 mil reais para a Prefeitura de Itapecuru-Mirim, através de uma emenda de transferência direta. Mas, para minha surpresa, mudaram o projeto. A avenida deveria ter sido feita, em outro local que ligava o residencial direto ao centro da cidade. Entretanto, fizeram a avenida ao lado da ferrovia. Os moradores fazem uma volta grande para chegar ao centro, inclusive nem poderiam ter feito ao lado da ferrovia, porque isso gera perigo para os usuários da avenida”, argumentou.
Auditoria
O parlamentar informou que em razão das dúvidas que pairam acerca da aplicação dos 600 mil reais que ele destinou para a conclusão da obra ele encaminhou requerimento à Controladoria Geral da União e ao Tribunal de Contas da União, a fim de que a questão seja esclarecida.
“Quero que os órgãos de controle façam auditoria, tanto no empreendimento Milton Amorim como nas obras acessórias desse residencial. Eu quero saber aonde foi parar o dinheiro que eu destinei para lá. Virou éter? Não pode ter virado éter. Fiz a minha parte”, argumentou Hildo Rocha.
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